EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS VERTICAIS

EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS VERTICAIS

Os revestimentos verticais cerâmicos são amplamente conhecidos, pela sua alta utilização na construção civil. Os azulejos, os porcelanatos e as pastilhas fazem parte desse grupo. Agora, um item utilizado principalmente em edificações de alto padrão e que tem conquistado os brasileiros, são os revestimentos em rochas/pedras.

Existem inúmeros tipos de rochas com diferentes características e entre as mais utilizadas estão o granito e os mármores. Outras rochas também são bastante usuais em revestimentos, como os limestones, travertinos, ardósias, quartzitos e os serpentinitos.

Para escolher o revestimento em rocha mais adequado para sua edificação é preciso, além de saber onde o revestimento será instalado, também quais serão as solicitações a que ele estará submetido, ou seja, é necessário verificar se haverá trafego de pessoas e se o ambiente é interno ou externo, por exemplo.

Com o tipo de revestimento definido, seja ele rocha ou cerâmica, determina-se as dimensões do revestimento vertical, assim como sua espessura. As dimensões da placa podem ser definidas por conceitos estéticos e pelo tráfego, seja este de pedestres ou veículos. Já a espessura das placas, é definida com o propósito de evitar descolamentos, quedas e deformações, dessa forma, recomenda-se que a espessura máxima fique em torno de 2 a 3 cm.

Agora, vamos partir para as orientações e cuidados que devem ser tomados na fase de instalação do revestimento vertical. Na Figura abaixo, pode-se observar as camadas que compõem as paredes:

Camadas constituintes de uma parede

Em geral, tem-se primeiramente o substrato que é formado pela alvenaria ou estrutura, seguido do chapisco, regularização, também denominada emboço, a argamassa de assentamento, o revestimento em cerâmica ou rocha/pedra, executado com juntas e por fim, o rejunte. Na Figura acima, é possível observar a presença de camadas de impermeabilização, no entanto essa camada só é executada em determinados casos, quando é necessário proteger o sistema da passagem de água.

Sobre o substrato ou sobre a camada de impermeabilização é aplicado o chapisco, que promove melhor aderência da camada posterior. Na sequência, é feita a regularização ou emboço. A cura do emboço deve ser de, pelo menos, 14 dias, e deve seguir as recomendações da NBR 13281:2005 – Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisitos.

Por sua vez, a partir da camada de regularização será aplicada a argamassa de assentamento e rejuntamento. Para isso, é preciso garantir uma superfície que além de curada esteja seca, limpa e sem qualquer outro componente que possa impedir a aderência entre as camadas.

A seguir será apresentado os tipos de assentamentos para revestimentos verticais: argamassa cimentícia convencional pastosa, argamassa colante e argamassa adesiva. Lembre-se de utilizar a argamassa de assentamento recomendável para o tipo de placa que você irá instalar, para as rochas todos os tipos apresentados são viáveis, já as cerâmicas são assentadas com argamassa colante.

Para o preparo da argamassa pastosa é preciso: área média lavada, água neutra e sem impurezas. A argamassa não pode ser disposta em recipientes metálicos, pois estes podem promover manchas nas placas, devido a agentes oxidantes. O cimento, preferencialmente deve ser do tipo CPII-E-32 e para pedras claras o melhor é fazer uso do cimento branco. As argamassas cimentícias convencionais, são compostas por cimento e areia e também podem ser utilizada na fixação das placas. Lembrando que todo espaço entre a camada de assentamento e a placa, deve ser preenchido.

Nos revestimentos em paredes internas que sejam inferiores a 2 m de altura, para uma boa aderência da argamassa, prepara-se a superfície com chapisco e apicoamentos. Entretanto, para ambientes com alturas maiores que 2 m, orienta-se acréscimo de telas para reforço e é indicado que nas placas sejam feitas ranhuras no tardoz, ou seja, na face da peça que vai ser inserida a argamassa.

Para escolher qual tipo de argamassa colante utilizar, como AC-I, AC-II, AC-III, e assim por diante, é preciso saber as características do local de aplicação, como ambientes internos ou externos, além de saber da necessidade de alta resistência ao cisalhamento.

Recomenda-se dupla camada cruzada de aplicação, uma na camada base (emboço) e outra no tardoz da placa, nesse tipo de assentamento as placas devem estar secas e limpas. Abaixo apresentamos algumas orientações para o assentamento das placas com argamassa colante:
– Realizar cordões com desempenadeira dentada de 8 x 8 mm. No caso de dupla camada, os cordões do tardoz precisam ser perpendiculares ao da camada de emboço. Isso fará com que possíveis vazios sejam instintos.
– Fixar as placas em uma região um pouco deslocada para que elas sejam arrastadas para sua posição final. Com isso tem-se os rompimentos dos cordões.
– Assentar as placas e realizar percussão com os dedos ou com um martelo de borracha até que a espessura da argamassa fique menor do que 8 mm. Após, é recomendado limpeza da placa, em menos de 1h, com esponja levemente úmida e pano seco.

Em assentamentos que se queira alta resistência e rapidez na execução, é recomendado o uso de argamassa adesiva. As orientações para o assentamento são equivalentes aos citados para argamassa colante. O que difere é que a argamassa adesiva proporciona maiores espessuras e precisa de atenção durante o uso da desempenadeira dentada, pois deve-se evitar uma película na superfície do adesivo. Caso essa película se forme, é preciso aplicar nova camada de argamassa.

Ainda, para casos de revestimento com elevadas espessuras, acima de 3 cm, revestimentos com baixa ancoragem e/ou aderência, reforços localizados, entre outros, é preciso utilizar telas para reforços, que podem ser de aço galvanizado, plásticas e de fibra de vidro revestidas com poliéster. As telas têm duas formas de aplicação, uma junto ao chapisco, denominada ponte de transmissão, outra no eixo médio da camada de revestimento, ou seja, no emboço, nomeada de argamassa armada.

Nas pontes de transmissão, após realizado o chapisco fixa-se a tela. Vale destacar que a espessura do emboço deve ser de no mínimo 20 mm, a tela deve ser fixada pelas laterais com o auxilio de grampos, chumbadores ou pinos e para garantir que a tela fique embutida na argamassa pode-se utilizar espaçadores que podem ser, metálicos, cerâmicos ou plásticos. Para execução da argamassa armada, é necessário um emboço entre 25-30 mm de espessura. Dessa forma, inicialmente faz-se o emboço até metade de sua espessura, em seguida a tela é posicionada e comprimida e por fim, completa-se a camada de emboço.

Com as placas posicionadas e fixadas, é preciso realizar o preenchimento das juntas com rejunte, após a cura da argamassa de assentamento. Para aplicação do rejunte, é recomendado o uso de desempenadeira de borracha com o objetivo de colocar o produto no interior das juntas. Entre os tipos de rejuntes tem-se o cimentício, para juntas de 2 a 10 mm, o acrílico, utilizado para juntas de 1 a 4 mm e por fim o epóxi, para juntas de 1 a 5 mm.

O rejunte cimentício é recomendado para paredes com revestimentos cerâmicos e rochas em áreas internas e externas, o mesmo vale para o acrílico, sendo amplamente utilizado em porcelanatos. O rejunte epóxi é recomendado para revestimentos em piscinas, mas por ser um rejunte completo, pode ser aplicado em paredes internas.

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